Sonho Realizado
- Juliana Rocha - Liberdade 4x4
- 10 de jul. de 2014
- 4 min de leitura
Após andar em muitos carros "sem graça" (corsa, vectra, ômega, sandero, clio), subir rampas de shopping mas também colocá-los à toda prova em terrenos de terra, erosão e lama, judiando dos carrinhos, tive a oportunidade de adquirir o meu primeiro 4 x 4. Há tempos namorava a Pajerinho nas ruas, mas sempre imaginava ser um carro "importado" e portanto, de valor altíssimo e manutenção cara.
Certo dia, tomei coragem e fui até uma concessionária Mitsubishi. Como quem não queria nada, conversei com um dos consultores, por sinal uma excelente consultora que me ofereceu o test-drive da Pajero enquanto o avaliador dava uma boa olhada no meu usado. E lá fomos nós, eu, minha mãe e a consultora dar uma volta no quarteirão. Aproveitei o test-drive para "colocar" o jipe em tudo que era buraco, valeta, lombada, freada brusca e pequenas acelerações, assim como curvas fechadas. Lógico que expliquei para a consultora que teria de fazer alguns testes para compará-lo ao meu usado e ver se eu realmente estaria fazendo uma boa troca, afinal, meu usado era um sedã compacto de luxo (Vectra GT), o oposto do jipe em questão (Pajero TR4). E não é que o danado do jipe era gostoso de dirigir, maleável, macio e confortável? Ainda tentaram me tirar tal idéia da cabeça, alegando ser um carro duro, desconfortável, pesado e difícil de dirigir, por isso os meus testes. Foi exatamente o contrário e comecei a pegar gosto pela coisa.
Pois bem, o problema era o valor final do carro zero (em que não tinha sequer um desconto) e o valor final de troca no meu usado (que estava muitoooooooooo abaixo do esperado). Sem chegarmos num consenso, fui embora da concessionária meio desiludida, não seria aí que concretizaria meu sonho. Tentei então vender o usado para particular enquanto não fechava a compra do jipe. Neste meio tempo (20 dias para ser mais exatos), a consultora nos ligava todo santo dia, perguntando quando iríamos bater o martelo. Dentre estes 20 dias, fui à concessionária mais 4 vezes, e todas elas pedia novo test-drive, afinal, eu precisava ter certeza que não me arrependeria depois. Nos dois últimos test-drives, ao invés de uma volta no quarteirão, a consultora me deixou entrar na Marginal Pinheiros e ai foi só alegria e a certeza de que seria aquele carro!!! :)
Decidido o modelo, era a vez de escolher a cor. Preto? Não, muito básico, igual a todo mundo, esquenta demais no calor e gelado demais no inverno. Branco? Nem pensar! Acho horrível! Prata? Tive péssimas experiências com carros desta cor. Cinza? Talvez, até que era bonitinho o cinza escuro PELA INTERNET, porém nunca havia visto um na rua para ter idéia da cor, até um dia que vi e desencantei pois o cinza não é escuro como o grafite, mas sim um cinza claro. Não gostei, imagina "sujo" de poluição, pareceria um carro velho. Aí vi uma marrom! Marrom? Minha mãe perguntou com cara de "ECA". Simmmm marrom, lindaaaaaaa, exótica, porém, infelizmente a consultora não tinha previsão de chegar uma marrom, 4x4 e automática ao seu estoque. Voltei à idéia de pegar então a preta, básica, normal e comecei a imaginá-la com os acessórios off-road até que, pela internet me deparo com uma VERMELHA! Vermelho vivo, amor à primeira vista! Sempre tive tudo vermelho (desde a tonguinha quando era pequena, as bicicletas aro 10, aro 15, aro 20, o primeiro carro um corsinha wind e até vectrão eram vermelhos), por que não um jipe vermelho? Aí bateu aquele medo de ser muito visível à bandidos no meio da rua, no meio do trânsito, e esse medo se perdeu assim que vi o tratorzinho vermelho na concessionária. "É este aqui" falei pra minha mãe e para a consultora.
Pronto! Estávamos com o modelo e a cor do veículo decididos!

Agora era hora, mais do que nunca de passar o usado pra frente e bater o martelo no jipão! Eu tinha até o dia 29 de junho de 2014 para vender o usado no particular e fechar a compra no dia 30 com a Mit. Anunciei o usado em todo tipo de mídia virtual que vocês podem imaginar, pagas e gratuitas. No dia 28 de junho, ao final da tarde, sem nenhum interessado, contactei a consultora e agendei a perícia técnica do usado para o dia seguinte, pois seria ele a entrada do meu jipe. Acreditem ou não, no dia 29 de junho, recebi QUATRO ligações de interessados no usado! Tratei logo de marcar pro mesmo dia de verem o carro e o terceiro interessado (que já teve um igual), fechou a compra!!! Uhuuuuuu fiquei super feliz, pois o valor seria acima do oferecido pela Mit! No dia seguinte, lá estávamos nós na Mit para bater o martelo.
Mas calma! Não fui lá na Mit simplesmente bater o martelo sem tentar chorar por mais algum descontinho ou um "brinde". Passamos o dia inteiro (dia 30/06) na concessionária, deixamos a consultora louquinha e o seu gerente também, enquanto meus pais pediam desconto no valor final que seria financiado, eu fazia contas em cima dos valores (absurdos, diga-se de passagem) dos acessórios (quebra-mato, estribos, bancos de couro, engate traseiro, etc) e do que tinha em mãos ($$$) para adquiri-los. O gerente até que fez milagres e tirou algumas centenas de reais do valor, foi pouco e não o esperado por nós, mas quem bateu o martelo fui eu. Depois de escolher 3 acessórios (quebra-mato 600, Estribos 1200 e Bancos de Couro 2200), olhei na cara do gerente e falei: "Então me dá o banco de couro". O gerente deu uma gargalhada, disse que isso foi golpe baixo mas como falei com tão segura de mim mesma, ele aceitou e eu ganhei os bancos de couro! Uuuuhuuu e minha mãe um desconto nas parcelas do carro :P
UMA Semana depois de todos trâmites com documentação resolvidos, lá estava eu na concessionária Brabus da Av Nações Unidas para receber o Pajero TR4. Lindo, maravilhoso, sem palavras ver aquele jipão estacionado na área de entrega de veículos novos e sabendo que era o meu. Era um sonho, virando realidade, virando o Liberdade 4x4!

E após 1200km rodados na cidade com o jipe, fiz minha primeira trilha, o "I Passeio Feminino do Grupo Os Invasores 4x4 Brasil" em Atibaia/SP, mas este, contarei em outro post....

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